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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Egungún e sacerdócio no Batuque



No Batuque também a parte dos rituais destinados ao culto dos Eguns. Este é um ritual cheio de magia e segredos onde poucos sacerdotes têm o completo domínio. 

A casa dos Egungúns (espíritos dos mortos) fica numa construção separada da casa principal, nos fundos do terreno, onde são feitos diversas obrigações em determinadas datas e quando morre alguém ligado ao terreiro; este local é denominado Balê. 

Aos Eguns também são oferecidos sacrifícios de animais, e comidas diversas que fazem parte somente deste ritual, não podendo ser usados em outras ocasiões. 

Os Eguns, assim como os Orixás, têm suas rezas (cânticos) próprias, feitos na linguagem yorubá, e em dias de obrigações recebem toques ao som de tambores frouxos e sem o acompanhamento de agê (instrumento feito com uma cabaça inteira trançada com cordão e contas diversas). Cada nação tem rituais diferentes para este tipo de obrigação.





Sacerdócio




O babalorixá ou Iyalorixá tem a responsabilidade de formar novos sacerdotes, que darão continuidade aos rituais. Para isto é preciso preparar novos filhos de santo, que durante um certo período de tempo aprenderão todos os rituais para preservação dos cultos. 

O sacerdote chefe deve passar aos futuros Pais ou Mães de Santo, todos os segredos referente aos rituais tais como: uso das folhas folhas sagradas), execução de trabalhos e oferendas, interpretação do jogo de búzios, e até mesmo como preparar um novo sacerdote. 

Geralmente o futuro sacerdote já nasce no meio religioso, onde conviverá acompanhando todos os diversos rituais que darão suporte a seus afazeres dentro do culto, e terá pleno conhecimento de todos os tipos de situações que enfrentará em seu futuro templo. 

O tempo de aprendizado é longo, não se forma um verdadeiro sacerdote de Orixás com menos de sete anos de feitura, e os ensinamentos são passados de acordo com a evolução da capacidade de aprendizado que o noviço tem, já que os ensinamentos são feitos oralmente, não há livros para ensinar os rituais, a melhor maneira de aprender tudo é conviver desde cedo dentro dos terreiros. 

A partir do momento que um noviço se torna um sacerdote de Orixá, terá as mesmas responsabilidades daquele que lhe passou os ensinamentos.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Batuque






Batuque é uma Religião Afro-brasileira de culto aos Orixás encontrada principalmente no estado do Rio Grande do Sul, de onde se estendeu para os países vizinhos: Uruguai e Argentina. O Batuque é fruto de religiões dos povos da Costa da Guiné e da Nigéria, com as nações Jêje, Ijexá, Oyó, Cabinda e Nagô. 

A estruturação do Batuque no estado do Rio Grande do Sul se deu no inicio do século XIX, entre os anos de 1833 e 1859 (Correa, 1988 a:69). Tudo indica que os primeiros terreiros foram fundados na região de Rio Grande e Pelotas. Em jornais desta região, há matérias sobre cultos de origem africana datadas de abril de 1878, (jornal do comércio, Pelotas). Em Porto Alegre, as notícias datam da segunda metade do século XIX, quando ocorreu a migração de escravos e ex-escravos da região de pelotas e Rio Grande para Capital. 

Os rituais do Batuque seguem fundamentos, principalmente das raízes da nação Ijexá, proveniente da Nigéria, e dá lastro as outras nações como o Jêje do Daomé, hoje Benim, Cabinda (enclave Angolano) e Oyó, também, da região da Nigéria. O Batuque tem as suas raízes na África, tendo sido criado e adaptado pelos negros no tempo da escravidão. Um dos principais fundadores do Batuque foi o Príncipe Custódio de Xapanã. O nome batuque era dado pelos brancos, sendo que os negros o chamavam de Pará. É da Junção de todas estas nações que se originou esta cultura conhecida como Batuque e os nomes mais expressivos da antiguidade, que de uma maneira ou de outra contribuíram para a continuidade dos rituais foram: 

Cantando para os Orixás 

Ijexá — Cudjobá de Xangô, Celetrina da Oxum Docô, Jovita de Xangô, Paulino de Oxalá Efan, Maria Antonia de Assis (Mãe Antonia de Bará), Manoel Matias (Pai Manoelzinho de Xapanã),Miguela do Bará, Pai Idalino de Ogum,entre outros. 

Oyó — Mãe Andrezza Ferreira da Silva, Pai Antoninho da Oxum, Mãe Moça de Oxum e Tim de Ogum, entre outros. 

Jêje — Mãe Chininha de Xangô, Príncipe Custódio de Xapanã, João Correa de Lima (Joãozinho de Bará) responsável pela expansão do Batuque no Uruguai e Argentina, Pai Nelson de Xangô e Pai Vinícius de Oxalá Domaia. 

Cabinda — Waldemar Antônio dos Santos de Xangô Kamuká; Maria Madalena Aurélio da Silva de Oxum, Palmira Torres de Oxum, Pai Henrique de Oxum, Pai Romário de Oxalá e Pai Cleon de Oxalá, entre outros.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Como Reforçar sua Aura



A aura é um elemento etéreo, um campo de força ou energia que emana ou envolve seres e objetos. Através da aura podemos fazer uma leitura emocional do campo físico, podendo assim, até mesmo detectar doenças.Esse campo energético funciona como um escudo as interferências de outras mentes e inteligências. Caso nossa aura sofra algum dano, impurezas são capazes de nos prejudicar, essas impurezas acabam por atacar nosso corpo físico de alguma maneira. Exemplo disso são pessoas que costumam manifestar sintomas de alguma doença por vários meses e repetidamente ou pessoas que se machucam sempre no mesmo lugar. Para que isso não aconteça é preciso controlar a aura, como ele é de substancia ou frequencia mais leve que a da matéria, atua no nível do pensamento. O nível do pensamento é bem seletivo, por isso acabamos nos relacionando com pessoas que atuam no mesmo nível energético.

Por isso, determinadas pessoas nos parecem carregadas enquanto que outras nos passam uma empatia instantânea Isso acontece porque nossa aura exala energia o tempo todo, ela deixa transparecer nossas intensões, desejos, assim como medos e frustrações. Para que sejamos capazes de nos proteger de energias invasivas e mandar a mensagem certa para os outros nossa aura deve estar sobre controle, ou seja equilibrada, e capaz de vibrar positivamente em prol de nossos desejos.

Uma boa técnica para fortalecer a aura é pelo uso das cores, para tanto as mais indicadas são azul e o branco. Porém antes do fortalecimento é necessário uma boa limpeza para afastar energias indesejáveis e restabelecer o equilíbrio.

Feche os olhos e imagine-se dentro de uma bolha de luz violeta, imagine-se no interior desse globo. Aos poucos imagine que sua pele vai sendo banhada por essa luz. . Imagine suas células sendo banhadas por essa luz e todos os órgãos do seu corpo.Agora você é um ser violeta. Essa luz violeta que invadiu o seu ser está limpando e queimando todas as impurezas e toda e qualquer doença, restaurando o equilíbrio e a saúde.

Agora que você já reequilibrou todos os chacras através da visualização da luz violeta poderá fazer a visualização com outras cores segundo suas necessidades.


Vermelho: energia, vitalidade, força, garra e coragem.

Laranja: prosperidade, riqueza e sucesso.

Amarelo: inteligência e conhecimento.

Verde: prosperidade, crescimento e saúde.

Azul: proteção, paz e prosperidade.

Rosa: amor, amizade e equilíbrio.

Branco: pureza, proteção é espiritualidade.

Dourada: espiritualidade mais elevada.


Outra técnica de visualização é imaginar-se coberto por um manto protetor que o cubra da cabeça aso pés, ele pode ser preto para que os outros não o enxerguem como forma de proteção ou o manto de uma santo de sua devoção.Para neutralizar energia de outra pessoas você pode visualizar um enorme X sobre elas.

Ainda é possível imaginar-se coberto por uma armadura completa de atas a deusa grega mais poderosa, um enorme escudo de energia, o importante é que a cabeça deve sempre estar bem protegida em qualquer visualização.

Você vai obter melhores resultados fazendo esses exercícios todos os dias, depois de você dominar essa técnica pode utilizá-la em qualquer lugar.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Análise das Cores do Tarot

É importante salientar a diferença entre as cores no Tarô e a cromoterapia. A cromoterapia é mais ampla e se apresenta em influência direta sobre o ser humano, as cores no Tarô, embora tenham significados muitos semelhantes, são bem restritas e dão margem a pouco aprofundamento. Desta forma, podemos dizer que a cromoterapia se aplica ao Tarô, mas o Tarô não se aplica à cromoterapia.


As cores presentes no baralho são:


Vermelho: significa ação, violência, agressividade, impulsividade, dinamismo, sexualidade, paixão,virilidade. Pouco aparece no taro egípcio


Azul: Significa passividade, introspecção, ponderação, indecisão. Equilíbrio, tranqüilidade, paz, segurança, cooperação, integridade, simplicidade.


Amarelo: Intelectualidade, inteligência, atividade (mas não como no vermelho ).Intelecto, imaginação, sabedoria e liderança.


Verde: Representa renovação, algo a surgir, a crescer, a se desenvolver. Energia psíquica, harmonia, flexibilidade, juventude, facilidade de comunicação.


Branco: representa a pureza, a alma, a perfeição, a essência do ser, espiritualidade, paranormalidade, potenciais de cura espiritual, ligação com planos superiores.


Negro: Coisa ou processo oculto, ainda não revelado. Mistério, conhecimentos ocultos, perda de energia.





quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Simbologia do Tarot


Simbologia

Ponto

Representa o espiritual em sua forma embrionária, ou seja, algo no início do seu desenvolvimento.

Círculo

Representa a realização espiritual, a perfeição. Ele simboliza um movimento cíclico, dinâmico e ainda o número dez.


OBS.: Semi-círculo

Representa a vontade de se realizar espiritualmente, de ser puro. Ele é um ciclo que não foi terminado, mas deve se completar.

Cruz

A cruz exprime a oposição das forças, duas a duas, para dar nascimento à quinta essência. É a imagem da ação do Ativo sobre o Passivo, do espírito sobre a matéria. Representa que a cabeça domina o corpo.
Sabemos que a cruz exprime suas idéias porque é formada de uma barra vertical (imagem do ativo ) e de uma barra vertical ( imagem do passivo ) com todas as analogias ligadas a estes termos ( positivo e negativo,atrativo e repulsivo, cheio e vazio, homem e mulher, yin e yang ).Esta cruz também é conhecida como cruz latina.

 

OBS.:Quando as feiticeiras querem exprimir suas idéias num pantáculo, formulam suas imprecações destruindo a harmonia da figura; elas colocam a cruz de cabeça para baixo e assim exprimem a s seguintes idéias: “ a matéria domina o espírito”, “ o mal é superior ao bem “, “ as trevas são preferíveis à luz”, “ o homem deve deixar-se guiar por seus mais baixos instintos e tudo fazer para destruir sua inteligência”.
Esta cruz também é conhecida como cruz de São Pedro.

Triângulo

No tarô, o triângulo representa a espiritualidade polarizada, de acordo com o seu ápice sabemos se é polarizado para cima ou para baixo. Para maior compreensão desta figura de extrema importância, iremos analisá-la mais profundamente.
O triângulo exprime idéias diferentes, de acordo com as posições tomadas por seu ápice.Em si mesmo, o triângulo é formado por duas linhas opostas, imagem do “ duplo “ e do antagonismo, que iriam perder-se no infinito sem se encontrarem jamais se uma terceira linha não viesse unir as duas, reconduzindo-as à unidade e constituindo a primeira figura fechada.
O triângulo com a cabeça para cima representa tudo o que vai de baixo para o alto.Ele é, particularmente, o símbolo do fogo, do quente. É o mistério hierárquico da luz e da matéria, radical do fogo elementar. É o princípio formal do sol, da luz, das estrelas e de toda a vida natural. 

O SOL E A LUA
Quando estão na mesma carta se apresentam como polos e geralmente vem sob outras formas, mas se estiverem em cartas separadas devem ser analisados segundo o contexto do arcano, através do seu papel dentro da carta.

LIVRO
Significa a fonte de sabedoria, necessidade de se aprimorar, de se conhecer.

ASAS
Significa necessidade de voar, possibilidade de ascensão ou mesmo, livre acesso às camadas espirituais mais elevadas.

ESCUDO ( Brasão)
Significa uma proteção, defesa e serve como elo de ligação ou um filtro que liga as energias terrestres às celestiais.

LANTERNA
Presente apenas no Arcano 9, representa a procura por algo, um esforço em conseguir alguma coisa.

BALANÇA
Representa o equilíbrio entre o bem e o mal, a justiça.

COBRA
A cobra mordendo o próprio rabo ( Urobolos )
A força que move o universo é representada por polos. Na antiguidade esses polos eram considerados como cheio e vazio. O cheio será representado pela cauda da serpente, o vazio pela sua cabeça e o seu corpo representará o círculo.
A serpente está enrolada sobre si mesma de tal modo que sua cabeça ( vazio-atrativo-passivo ) tenta continuamente devorar sua cauda ( cheio-repulsivo-ativo ), que foge num eterno movimento.
A força que move o universo é representada por polos. Na antiguidade esses polos eram considerados como cheio e vazio. O cheio será representado pela cauda da serpente, o vazio pela sua cabeça e o seu corpo representará o círculo. A serpente está enrolada sobre si mesma de tal modo que sua cabeça ( vazio-atrativo-passivo ) tenta continuamente devorar sua cauda ( cheio-repulsivo-ativo ), que foge num eterno movimento. Esse ciclo contínuo representa a força que move as coisas e é neste sentido que esta figura aparece no Tarô.
A serpente, chamada Urobolos, se cria, alimenta e transforma engolindo a própria cauda. Sua forma circular representa o estado original da natureza inconsciente, o ventre primeiro antes da criação dos opostos e o estado de inteireza, a união dos opostos, desejada no fim da jornada. Na iconografia alquímica a cor verde se associa com o início enquanto que o vermelho simboliza a consumação do desejo do mago.

Em Busca da Realização Pessoal



A busca pela realização pessoal tem levado as pessoas a trilhar muitos caminhos, dentre eles a mística. O estado de contentamento e alegria interior é ponto fundamental para  a realização pessoal de qualquer ser humano e para que isso aconteça é necessária a liberdade das escolhas na vida. Qualquer tentativa de busca de realização interior, que tenha como objetivo somente o material ou o ilusório, certamente ficará limitada, não trazendo a paz e a completude necessárias e esse momento. 

Os assuntos relacionados à magia e ao ocultismo sempre foram de grande interesse para a humanidade e continuam sendo na atualidade. Nossas mentes são impregnadas com um grande número de pensamentos mágicos (Em antropologia, psicologia e ciência cognitiva, pensamento mágico é o termo usado para descrever um raciocínio causal que procura correlações entre ações ou elocuções e determinados eventos. Em psicologia clínica o pensamento mágico inclui todos os sistemas de magia, pois inclui a ideia de causalidade mental, ou seja, a possibilidade de a mente ter um efeito direto sobre o mundo físico). O ser humano possui um anseio inato por conhecer melhor os assuntos sobre a magia. Alguns ocultistas modernos acreditam que temos acesso a conhecimentos comuns dessa área através do inconsciente. 

Esses conhecimentos estariam ligados a dois aspetos da mente inconsciente, segundo Jung, um pouco abaixo da consciência estaria o inconsciente pessoal (local onde se armazena o que em algum momento foi consciente, mas que foi esquecido ou suprimido), contendo as lembranças, os impulsos, os desejos, as percepções indistintas e outras experiências da vida do indivíduo suprimidas ou esquecidas. O inconsciente pessoal não é muito profundo e os incidentes ali armazenados podem facilmente traduzidos para o nível consciente. 

Em um nível abaixo do inconsciente pessoal estaria o inconsciente coletivo (nível mais profundo da psique que contém as experiências herdadas das espécies humanas e pré-humanas), desconhecido para o indivíduo. Nele estariam armazenadas as experiências acumuladas das gerações anteriores, inclusive dos nossos ancestrais animais. Essas experiências universais e evolutivas formam a base da personalidade. As experiências contidas no inconsciente coletivo são inconscientes. O indivíduo não está ciente delas nem se lembra ou as tem em imagens, assim como ocorre com as experiências contidas no inconsciente pessoal. 

Então, hoje livre das diversas restrições do passado os assuntos relacionados ao conhecimento mítico, ritualístico e mágico que se associam ao sobre natural voltam à tona. A busca do homem moderno se volta aos mistérios da vida e da morte, a complexidade de sua natureza e o intuito de transformá-la, ou seja, em busca da realização pessoal. Esse não é apelo ou volta aos sistemas religiosos arcaicos. Mas um resgate a religiosidade onde o indivíduo tem a disposição ou tendência, para perseguir a sua própria Religião ou a integrar-se às coisas sagradas e se ligar aos outros por suas experiências. 

Na verdade o homem busca algo que possa o tirar da rotina, uma fuga do martírio chamado vida. O homem influenciado pela vida moderna foi submetido a um excesso de planificação da vida, pelo mercantilismo das relações, e o controle do tempo, mergulhado em sua própria subjetividade, se distanciou do ambiente externo, ou seja, das pessoas a sua volta. O reencantamento do mundo vem acontecendo através da volta da mística que reacende valores e emoções esquecidos com a racionalização. 
A busca da realização pessoal, mesmo sendo um processo interno não acontece sem a interação com o meio, pois o meio social de cada um, a motivação e a personalidade influenciam na auto-realização. 

Não é só através da realização dos nossos desejos que chegamos a realização pessoal, primeiro precisamos excluir de nossas vidas a pressão interna incutida na pessoa pelos pais ou pelo meio social que estamos inseridos. O autoconhecimento aponta para o espaço de conforto que existe em nós mesmos, independente da realização dos nossos desejos. Só assim ganhamos liberdade em relação a eles. Por isso o reencantamento do mundo nos conforta e a mística proporciona um encontro com nosso interior, para que o ser humano possamos estar bem consigo mesmo. E estar de bem consigo é realização pessoal, ou o encontro com a felicidade 


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Uso do Tarot


O Taro não possui uma relação de precisão com a dimensão do tempo, ou seja, as cartas não conseguem prever o futuro. Se o futuro fosse um fato definido e inalterável, então as cartas poderiam ser utilizadas para prever o futuro. Porém o futuro não é um evento planejado ou determinado. Tudo está em constante movimento e mudando.
O ápice da jogada representa o presente, com seus caminhos futuros que representa todos os resultados possíveis. As possibilidades sempre convergem para onde se encontra o presente. Assim qualquer previsão relativa ao futuro deve ser entendida como opção que poderá ser influenciada por eventos anteriores. As previsões são indicadores de como atingir determinado objetivo ou as conseqüências que levaram o consulente a determinada situação ou a situação atual.
Sempre que alertado sobre as possibilidades o consulente fica mais bem preparado e pode se beneficiar das vantagens. As leituras consecutivas ao mesmo consulente podem ser diferentes, pois o mesmo já absorveu as informações, entretanto se a mesma jogada continua aparecendo é porque o consulente não trabalhou nesse sentido para mudar seu caminho.
Mas onde entra a intuição?
A intuição é um conjunto de conhecimentos adquiridos pelas experiências, são espontâneas da mente que aflora naturalmente, é uma ponte entre a mente e o intelecto, ou seja, entre a personalidade e a individualidade.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

História do Tarot


O Taro é entre todos os oráculos o que exerce maior fascínio sobre os homens. Existem varias teorias sobre sua origem, para alguns vem dos rituais religiosos e dos símbolos do antigo Egito enquanto que para outros surgiu do culto dos mistérios de Mitras. Outros sugerem os mahatmas do Tibet. ou os kabalistas da Espanha Medieval. Outras ainda pressupõem que as cartas tenham sido introduzidas pelos ciganos errantes na Europa.


Somente quando chegamos às famílias nobres do norte da Itália no século XV é quando podemos ter fatos sólidos para tirar algumas conclusões. Primeiramente é necessário distinguir entre cartas comuns e Taro. O Taro mais antigo que existe vem do norte da Itália é o Taro pintado a mão e idealizado pela família Visconti, datado de 1415, mas existiam outras famílias abastadas que mandavam manufaturar sua cartas.


A última versão do taro foi desenhada por Marselle no século XVII, por um ilustrador chamado Fautrier, a partir do momento que a igreja católica passou a associar a cartas as coisas do demônio elas foram relegadas ao esquecimento.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Óleo para o Amor

7 gotas de óleo de rosas
7 gotas de óleo de canela
7 gotas de óleo de almíscar
7 gotas de óleo de ylang ylang
3 gotas de óleo de gengibre.
Tome um banho se sal grosso no dia anterior. Tome um banho normal e vista uma roupa rosa ou verde na sexta-feira.Unja o chacra cardíaco, os pulsos, as dobras dos joelhos e atrás das orelhas pedindo amor aos deuses.
Melhores luas para usar o óleo: Crescente e Cheia.

Posição das Figuras do Tarot


Direção da figura sob o ponto de vista horizontal:

Figura virada para a esquerda – representa o passado;
Figura virada para a frente – representa o presente;
Figura virada para a direita – representa o futuro.

Direção da figura sob o ponto de vista vertical:

Figura em pé – representa acontecimentos próximos, ligados ao presente;
Figura sentada – representam acontecimentos que precisam de um certo tempo para acontecer, podendo estar sofrendo influências do passado, o que pode explicar a demora.

Direção do olhar da figura:

Quando houver mais de uma figura na carta deve-se analisar o olhar da figura principal.
Olhar para baixo – representa acontecimentos ou ações ligadas ao passado, mas interferindo nos assuntos presentes;
Olhar para diante – direita ou esquerda, segundo um plano horizontal, significam acontecimentos atuais, aqueles que se desencadearão presentemente;
Olhar para cima – Significa possibilidade de ação ou de liberação

Tarot


Introdução

O louco é o Arcano que nos representa na caminhada de nossa alma na busca da verdade, na busca da divindade, do nosso Eu interior. O louco é um peregrino que começa sua jornada com sua mochila vazia, sem direção, guiado pelos impulsos inferiores. Ele não sabe ao menos o que busca preso nas ilusões do Ego e do mundo, pensa que o que busca está fora, no exterior. Ele é nossa alma no inicio da longa caminhada espiritual.
Mas nesse caminho mesmo sem perceber o louco vai enchendo sua mochila de sabedoria, conhecimento, talentos e dons. Ele está se lapidando, passando por vários mestres que o conduzem as 21 lições necessárias para seu aprendizado.
Para que o Louco se transforme no sábio é necessário que e se aprenda:
A alquimia do Mago
A intuição da Sacerdotisa
A fertilidade da Imperatriz
A ação e concretização do Imperador
Os deveres morais e responsabilidade do Sumo Sacerdote
A escolha do Amante
O avanço com fé do Carro
O equilíbrio da Justiça
A prudência do Eremita
A vivenciar mudanças com sabedoria da Roda
A utilizar e acreditar no seu potencial interior com a Força
A fazer sacrifícios vendo o sagrado com o Enforcado
A ter coragem de fazer as transformações necessárias como a fênix, representada pela Morte
A manter a serenidade com a Temperança
A não se deixar levar pelas ilusões com o Diabo
A fazer renovação espiritual, tendo a força de reconstruir, jogando fora o desnecessário com a Torre
Aprendendo a sabedoria da aceitação e do otimismo com a Estrela
A vencer e controlar as emoções com a Lua
A perceber o seu próprio brilho levando para o mundo a crença no sucesso e na vida com o Sol
A não fazer julgamentos distorcidos e superficiais com o Mestre do Julgamento
A abrir-se às experiências da vida, sem medos com o Mestre O Mundo.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O Amor e o Amor Romântico

O desejo de um amor profundo e satisfatório é um desejo último do ser humano Ocidental. Todos desejam uma entrega profunda em seus relacionamentos amorosos. Por isso; acabamos nos apaixonando várias vezes, porque a paixão nos dá um novo entusiasmo, dessa forma vemos a vida de uma maneira mais bonita. Esse entusiasmo trazido pela paixão é o que nos impele a continuar procurando o amor, mesmo depois de muitas decepções.


Entretanto vários são os motivos que nos impedem alcançar nosso objetivo, assim, por muitas vezes acabamos vivenciando essa experiência da paixão por inúmeras vezes. Há caso em que a pessoa depois de tantas decepções acaba deixando de sonhar com essa felicidade completamente magoadas decidem não permitir que isso aconteça novamente e se isolam. E isso não é bom.
Quando nos relacionamos com outra pessoa acabamos por tencionar com nossos problemas emocionais. Nossos medos interiores fluem à flor da pele, nos deixando inseguros e vulneráveis. O medo da rejeição é um dos problemas que afeta as pessoas dentro dos relacionamentos. Isso acontece por vários motivos, dentre eles, a auto-rejeição e uma exigência inconsciente de que sejamos alimentados por essa sensação de emoção intensa trazidas pela paixão.<as na maioria das vezes somos incapazes de perceber que são essas sensações que nos impede de construirmos relacionamentos afetuosos, baseados em compromissos.


Então, quando o relacionamento acaba não dando certo a culpa é geralmente do outro. E sempre nos esquecemos que na maioria das vezes somos nós que precisamos mudar nossas atitudes. A expectativa que impomos ao outro é a causa de nossas frustrações e mágoas. Nós impomos aos outros a nossa forma de nos relacionarmos através de nossas inúmeras exigências.


A ideia que temos do amor imprime ao homem ama virilidade exacerbada e a mulher um ideal de pureza e abnegação. Então ao se relacionar com uma mulher o homem faz dela sua fonte de inspiração, pois tem nela o símbolo de perfeição e beleza e a mulher faz do homem seu intrépido cavalheiro. Porém pensando e agindo dessa maneira homens e mulheres estão criando relacionamentos alienantes e histéricos que deixam um imenso vazio. É preciso olhar com realismo para nossos relacionamentos e destruir todas as ilusões sobre o amor romântico para que possamos construir relacionamentos duradouros.
A busca e reconhecimento do “Amor `Próprio” é o caminho primeiro rumo a tão desejada felicidade, pois, quem não sabe se amar não amar ninguém, e pior que isso não sabe ser amado por ninguém. Então para que se possa ter um relacionamento saudável é preciso encontrar a cura para nosso interior, ter um encontro com o nosso verdadeiro eu e dar a si o que realmente deseja receber dos outros.
Os relacionamentos afetivos são caminhos rumo à espiritualidade, pois o amor é espiritual, a paixão é que é física. Os caminhos espirituais nos levam ao aprendizado e a conexão com o resto do mundo. Por isso, quem se ama e se respeita atrai para si relacionamentos amorosos e respeitosos.
É preciso lembrar que a formação psicológica entre os sexos é distinta, por isso homens e mulheres vivenciam a experiência dos relacionamentos de forma diferente. Por isso no dia-a-dia temos de lidar com sentimento, idéias e reações aparentemente incompreensíveis. Isso acontece porque ao aceitarmos a visão patriarcal da realidade homens e mulheres foram ensinados a idealizar valores que estimulam essa visão romanceada dos relacionamentos amorosos.
Retome as rédeas do poder sobre si mesmo, reveja os relacionamentos anteriores e descubra o que levou você a escolher determinada pessoa para sua vida. Pergunte a si, se realmente você viu a pessoa com quem estava se relacionando, ou será que você se relacionou com uma projeção feita sobre seus desejos inconscientes. Se isso aconteceu é porque na verdade você estava apaixonada por si mesmo, pela ideia que você tem sobre o amor. Isso significa que você não conhece o amor.
Para se amar é preciso enxergar o que o outro realmente é. De uma forma madura é aceitar nossa responsabilidade pela nossa própria felicidade e não delegar essa função a outra pessoa. Pare de se vitimizar, pois se isso está acontecendo, provavelmente é porque você não conseguiu fazer co que o outro atendesse as suas exigências. E o nome disso é egoísmo.
Amor é sinônimo de afeição, é a vontade de compartilhar a vida em tarefas simples como: levar o lixo para fora, ajudar com o bebê, ganhar a vida, construir algo juntos entre outras funções do cotidiano. São dois indivíduos independentes que se juntam para compartilhar o caminho. Enquanto que o amor romântico é o ideal de uma única pessoa que tenta moldar a outra para que reflita o que ela projetou.




Ebó para Maria Padilha – Qualquer pedido

1 toalha de cetim vermelho com franjas pretas
1 alguidar n° 3
farinha de mandioca
mel
7 rosas vermelhas abertas
7 cigarrilhas
1 vinho tinto suave
1 taça vermelha
7 moedas
7 morangos
7 caixas de fósforos
Estique a toalha na encruzilhada fêmea (T) e coloque o alguidar no centro. Misture a farinha com o mel dentro do alguidar. Corte o cabo das rosas e arrume-as em círculo em torno da farofa enfeite com os morangos. Do lado esquerdo do alguidar em cima da toalha coloque as 7 cigarrilhas acessas sobre as caixas de fósforos aberta aparecendo a cabeça dos palitos. Do lado direito da toalha coloque a taça, abra o vinho sirva a taça e circule o ebó com um pouco da bebida em sentido anti-horário até chegar na taça outra vez. Coloque a garrafa ao lado do cálice, faça seus pedidos. Dê 7 passos para trás vire-se e vá embora.


Saudê Maria Padilha e vá embora.
Obs: Não olhe para trás. Pessoas não iniciadas não devem ir a encruzilhada sozinhas, somente acompanhas de pessoas capacitadas quando necessário.

Nos Domínios de Exu

EXU é concebido como divindade múltipla, o que também ocorre com os orixás, que são reconhecido e venerado através de diferentes invocações, qualidades ou avatares, cada qual referido a um aspecto mítico.
Exu é o próprio movimento e se multiplica ao infinito, pois cada casa, cada rua, cada cidade, cada mercado tem seu guardião. Também cada ser humano tem seu Exu, que é assentado, nominado e regularmente propiciado, ligando aquele ser humano ao seu orixá pessoal e ao mundo das divindades.
São muitos os seus nomes e suas invocações. Os mais conhecidos são os seguintes: Iangui, o primeiro da Criação, representado pela laterita; Exu Agbá, Agbô, ou Moagbô, o mais velho; Igbá Quetá, o Exu da cabaça-assentamento; Ocotó, o patrono da evolução, representado pelo caracol; Obassim, o companheiro de Odudua; Odara, o dono da felicidade, da harmonia; Ojissebó, o mensageiro dos orixás; Eleru, o que transporta o carrego dos iniciados; Enugbarijó, o que propicia a prosperidade; Elegbara ou Legba, o que tem o poder da transformação, princípio do movimento; Bará, o dono dos movimentos do corpo humano; Olonam, ou Lonã, o senhor dos caminhos; Icorita Metá, o Exu que guarda as encruzilhadas; Olobé, o dono da faca ritual; Elebó, o Exu das oferendas; Odusó ou Olodu, o guardião do oráculo; Elepô, o senhor do azeite de dendê; e Iná, o fogo, o patrono da comunidade que é reverenciado na cerimônia do padê.
É de senso comum dos adeptos das religiões afro-brasileiras, assim como no candomblé, costumam designar a Exu tarefas específicas, como por exemplo, Exu Veludo oferece proteção contra os inimigos. Exu Tranca Rua pode gerar todo tipo de obstáculos na vida de uma pessoa. Exu Pagão tem o poder de instalar o ódio no coração das pessoas. . Exu da Pedra Negra é invocado para o sucesso em transações comerciais. Exu Tiriri pode enfraquecer a memória e a consciência. Exu da Capa Preta comanda as arruaças. Exu Mirim é o guardião das crianças e também faz trabalhos de amarração de amor. Exu Pemba é o propagador das doenças venéreas e facilitador dos amores clandestinos. Exu Morcego tem o poder de transmitir qualquer doença contagiosa. Exu das Sete Portas facilita a abertura de fechaduras, cofres e outros compartimentos secretos. Exu Tranca Tudo é o regente de festins e orgias.
Além disso, no caso das entidades femininas as Pomba giras, a saber: Pomba gira Rainha, Maria Padilha, Pomba gira Sete Saias, Maria Molambo, Pomba gira da Calunga, Pomba gira Cigana, Pomba gira do Cruzeiro, Pomba gira Cigana dos Sete Cruzeiros, Pomba gira das Almas, Pomba gira Maria Quitéria, Pomba gira Dama da Noite, Pomba gira Menina, Pomba gira Mirongueira, Pomba gira Menina da Praia.
A todas elas são atribuídas funções especificas em casos de amor, acreditando que as pomba giras tem o poder para propiciar qualquer tipo de união amorosa e sexual. Além disso, elas trabalham contra aqueles que são inimigos seus e de seus seguidores. Sendo considerados seus amigos todos aqueles que necessitam seus favores e que sabem como agradecer-lhe e agradá-la.
Mas que estipula o que quer ganhar é ela mesma, geralmente coisas que ela usa no terreiro, quando incorporada: tecidos sedosos para suas roupas, perfumes, jóias, champanhe e outras bebidas, cigarro, cigarrilha e piteira, rosas vermelhas abertas (nunca botões).



Esse texto foi parafraseado do livro "Orixás" de Pierre Fatumbi Verger.​

Maria Padilha Rainha das 7 encruzilhadas

O nome Maria Padilha significa Rainha do Fogo, Maria Padilha. Ela é conhecida por muitas variantes que revelam algumas qualidades ou característica desta mulher. Por receber outros apoios ao seu nome alguns podem pensar que se trata de outra Pomba gira, mas na realidade é ela: "Rainha dos Infernos", "Rainha do Candomblé", "Rainha das Marias", "Rainha das Facas", "Mulher de Lucifer", "Rainha da Malandragem", "Rainha dos Ciganos", etc. Em cada lugar lhe dão diferentes sobrenomes, que na realidade buscam elogiar essa entidade e transmitir uma maior intimidade. Porém só existe uma Maria Padilha com muitas características e que trabalha em vários lugares diferentes, como encruzilhadas, cemitérios, cabarés entre outras. Embora esse espírito possa ter tido varias encarnações e muitas histórias, porém acredito a melhor define sua história é está a seguir:


Maria Padilha ou (Maria de Padilha) como era chamada a amante do Rei de Castela era uma jovem sedutora que foi viver no reinado de Castela como dama de companhia de D. Maria, mãe de D. Pedro I de Castela (O cruel). Sendo que esta moça tinha um tutor e este responsável e tio da bela donzela, que também era herdeira de sangue nobre, devido a influencia de seu pai na corte espanhola.
D.Pedro de Castela já estava noivo de D. Blanca de Bourbom, uma jovem pertencente a corte francesa, que foi enviada para Castela para casar-se com ele. D. Maria de Padilha e o Rei de Castela depois de apresentados se paixão e às escondidas começaram um grande caso de amor. D.Pedro I de Castela, não queria casar-se com D. Blanca de Bourbom, mais este casamento traria excelentes benefícios políticos para a corte Espanhola e Portuguesa.
Maria de Padilha trabalhava na magia com um judeu cabalista que a ensinou muitas magias e através destas conseguiu dominar o Rei de Castela completamente. Dizem que ela foi uma das grandes responsáveis pelo o abandono ou morte de D. Blanca de Bourbom pelo rei, digo abandono ou morte porque ainda é uma história muito confusa alguns livros indicam que D. Blanca foi decapitada ao mando do Rei, outros apenas citam que ela foi abandonada por ele e devolvida a sua família na França por ele ter assumido seu amor por Maria de Padilha.
Depois do sumiço de D. Blanca Maria de Padilha de Castela, passou a viver com o Rei em seu castelo em Sevilha, palácio que foi construído e presenteado a Maria de Padilha pelo seu amado rei de Castela. Ela deu quatro filhos ao rei de Castela sendo que o primogênito morreu em idade tenra.
Padilha morreu antes do Rei de Castela e este fez seu velório e enterro como de uma grande rainha, fez com que seus súditos beijassem as mãos do corpo falecido por peste negra e a enterrou nos jardins de seu castelo.
O Rei anunciou ao seu reinado que havia casado com D. Maria Padilha as escondidas e que queria que seus filhos com ela fossem reconhecidos como herdeiros do trono e que a imagem de Maria Padilha diante do povo fosse de uma Grande Rainha.
Um ano mais tarde o rei veio a casar-se de novo, mais nunca escondeu que o grande amor de sua vida tinha sido D. Maria Padilha, os contadores contavam que o feitiço lançado ao rei pela poderosa Padilha seria eterno!
Alguns anos depois o Rei de Castela veio a falecer pelas mãos de seu meio irmão bastardo que acabou assumindo o seu posto de Rei de Castela [...] o corpo do rei deposto foi enterrado a frente da sepultura de sua Amada Rainha Padilha, onde foram construídas duas estátuas uma em frente à outra, para que mesmo na eternidade os amados nunca deixassem de olhar um pelo outro.


Como Maria Padilha chegou ao Brasil


Dizem que a entidade de Maria Padilha, na sua primeira aparição, foi em uma mulata no tempo da corte de D.Pedro II no Brasil, onde esta mulata em um sessão de Catimbó recebeu uma entidade muito feiticeira e faceira que se apresentou com D. Rainha Maria Padilha de Castela e contou a sua história e que depois dela outras Padilhas viriam para fazer parte da sua quadrilha.
Dizem que depois desta anunciação de D. Maria Padilha, ela só voltou mais uma ou duas vezes e que não mais chegaria na terra por sua missão presente estar cumprida, mais que por castigo de Jesus e por mando do Rei das Encruzilhadas ela ainda permaneceria na terra e confins, comandando a sua quadrilha de mulheres e exus para todos os tipos de trabalhos...
Depois disto, nunca mais ninguém voltou a ver ou assistir a curimba desta poderosa entidade rainha das giras. Há muitos pais de santos e estudiosos que dizem que D. Rainha da Sete Encruzilhada é D. Maria Padilha de Castela, por ter sido ela eleita a Rainha de todas as giras. Esta desconfiança gerou porque D. Padilha de Castela se titulava Rainha e sempre saudava as sete encruzilhadas, onde morava o seu rei e de onde ela reinava.
Existem casos de médiuns que tem sua proteção, porém como ela mesma explicou, os auxilia no astral, mas para incorporação manda outra Pomba giras de sua quadrilha.


Assuntos de D.Padillha


Dentre suas inúmeras atribuições Pomba Gira Maria Padilha é conhecida por sua eficiência e rapidez, e está entre as mais populares das Pomba giras. Às vezes ela é chamada de "rainha sem coroa", e isso certamente se refere à Maria histórica, que era a rainha do coração de D. Pedro. Seu arquétipo descreve certo tipo de mulher, aquele que exige respeito, e cujo comportamento é real, mesmo se ela é pobre ou da classe trabalhadora. Maria também é um exemplo perfeito de como "espíritos novos" nascem: lendas cresceram em torno da mulher real, que tinha uma reputação de feiticeira, e dentro de cem anos, as bruxas em Espanha e Portugal estavam usando seu nome e chamando seu espírito para ajudar los em suas magias.
Tem predileção - igual ao seu principal marido, Rei das Sete Liras (Lúcifer) - pelas navalhas e armas brancas em geral, especialmente aquelas que são afiadas e pequenas. Possui numerosos amantes ou parceiros, com os quais pode trabalhar, sendo essa parceira que protegerá a determinada pessoa.
Maria Padilha costuma se apresentar como uma mulher formosa, de longos cabelos negros, pele morena, sua idade e físico variam também de acordo com o tipo de caminho ou passagem desta Pomba Gira, pois existem passagens jovens e velhas, mas não importando a idade que apresentem têm o dom da sedução.
Ela gosta de luxo, dos homens, de dinheiro, das jóias, da boa vida, dos jogos de azar, de baile e da música. É uma grande bailarina, cujos movimentos podem incluir passos das ciganas em alguns momentos, mexendo sensualmente seus braços, como quem desfruta plenamente de seduzir com o corpo em movimento. Seu porte é altivo e majestoso, possui características das mulheres que não tem medo de nada.
É muito requisitada para atrair amantes, abrir os caminhos, amarrar parceiras, mas principalmente é muito temida por sua frieza e seu implacável poder na questão de demandas. Algumas das principais Pomba Giras que estão dentro de sua falange, abaixo de sua ordem são: Maria Molambo; Maria Quitéria; Maria Lixeira; Maria Mirongueira; Maria das Almas; Maria da Praia; Maria Cigana; Maria Tunica; Maria Rosa;Maria Colodina; Maria Farrapos; Maria Alagoana; Maria Bahiana e Maria Navalha.


Bibliografia consultada.


FARELLI, Maria Helena. Os conjuros de Maria Padilha.


___________________ A Bruxa de Évora.