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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Obi



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OBI
Obi, obi d’água ou simplesmente obi. Estes nomes referem-se à mesma obrigação, voltada exclusivamente a confortar uma pessoa em um caso de doença ou desemprego, distúrbios nervosos, ou até mesmo para um iniciado dentro dos preceitos do axé orixá, quando por um motivo ou outro, o mesmo não pode passar por um bori. 

Esta obrigação tem seu nome em referência a uma fruta africana, o obi, sem a qual nada podemos realizar para os orixás, no tangente a sacrifícios, uma vez que através dela podemos sabermos se o santo está ou não satisfeito com a obrigação, etc. 

Esta obrigação é a mais simples realizada dentro do axé, no tangente a dar de comer a uma cabeça. Muito embora algumas pessoas achem que ela não tem maiores fundamentos junto com o orixá.Trata-se do ato de agradar o anjo da guarda da pessoa, seja consulente ou filho de santo, ocasião onde alimentamos Oxalà, no intuito de pedir a misericórdia para aquele filho que se encontra em tal sofrimento. 

Mas esta obrigação não cria uma obrigatoriedade do cliente com o santo ou com a casa, ela apenas serve como um modo de resolver de imediato uma questão. 

Nesta obrigação são utilizados: ebô (canjica de Òxàlà), ebô yá (a mesma canjica, porém preparada para Yemanjá e de forma diferente), o obi (que é uma fruta de origem africana), frutas variadas e doces, vela e uma quartinha com água além da comida do santo da pessoa. Em alguns casos é utilizado um pombo branco. Uma esteira nova, a pessoa deve vestir um camisu, um oja, uma saia ou calçolão branco para a realização do trabalho.

Antigamente era costume antes de uma pessoa entrar para os preceitos os zeladores realizavam o OBI como uma primeira obrigação, para daí então estudar a pessoa, ver se ela realmente tinha amor e dedicação para com os orixás, para saber se não era apenas uma empolgação momentânea.O obi era uma obrigação que funcionava como um teste para evitar constrangimentos futuros.Hoje em dia, a coisa mudou e com isso parece que a fidelidade simplesmente também desapareceu.
Infelizmente são atitudes como essa que enfraquecem o axé. porém em alguns lugares ainda encontramos pessoas com seriedade que levam o ritual a sério, são essas pessoas que zelam pela continuidade das tradições das religiões afro-brasileiras.



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