ESCOLA SUPERIOR
DE TEOLOGIA
LILIAN
GHISSO ARISTIMUNHO
6. A IGREJA E OS ANJOS
A Igreja ao longo da história considerou várias características citadas pelos pais da igreja a respeito dos anjos. Na atualidade segundo a igreja católica apostólica romana vale o que foi estipulado no Vaticano II, pregada em seu catecismo. A igreja dos reformadores não deu tanta ênfase nesta questão no primeiro momento, hoje os ditos protestantes pentecostais exploram esse conceito de mundo invisível.
6.1.O Anjo da Igreja
Quem são os anjos da Igreja nos primeiros capítulos do Apocalipse de João? A resposta mais comum é que João ao escrever estaria se referindo aos pastores destas Igrejas, com base emMalaquias 2:7, onde a palavra K)lm (mal'ak), designativa de anjo no hebreu, é empregada aos líderes religiosos como sendo mensageiros da vontade de Deus. Assim, aos mensageiros das Igrejas (aggelos) ou aos seus anjos, é que seriam escritas as cartas.
Contudo, outras interpretações como a do alegorista Orígenes de Alexandria indicariam se tratar de anjos reais, e sendo assim, cada Igreja teria o seu próprio anjo da guarda particular. Mas, vemos pelo conteúdo das cartas que elas não se dirigem a um anjo, mas a pessoas, aos membros daquela igreja.
Outros ainda argumentam que seriam espíritos malignos que estariam ali para se alimentar dos pecados dos membros daquela Igreja. Sendo que cada Igreja teria então um "demônio de guarda" pronto a agir a cada tropeçar dos salvos ali congregados.
Um dos pontos mais relevantes quanto a esta questão é que no contexto do Novo Testamento não há sequer uma referência a "o Anjo do Senhor". Sempre que ocorre referência a "Anjo do Senhor", esta se faz como "um anjo do Senhor" e nunca como "O Anjo do Senhor". Esta substituição diz muito em sua aplicação direta, pois, ser "um", é ser um entre muitos, e ser "o" é ser único do gênero. No texto grego não encontramos o artigo definido "o" anexo à palavra aggelov (aggelos), colocando todas as referências com exceção de Atos 7:30, na condição de um em muitos, e não de único em sua espécie. É importante tomarmos esta posição, especialmente em vista de I Timóteo 3:16, pois Deus já havia se manifestado em carne, tornando estas ocorrências como aparições de um de seus anjos.
O Anjo do Senhor aceitou a adoração de Josué. Um anjo comum não admite ser adorado, como pode bem ser visto nas passagens em Apocalipse 19:10 e 22:8-9. A instrução é clara: "Adora a Deus". Anjos têm clara noção de sua posição e não admitem que os homens os adorem. Se o "Anjo de Deus" que apareceu a Josué não fosse o próprio Deus (segunda pessoa da trindade), não teria aceitado, de forma alguma, a adoração de Josué.
6.2 A Igreja e os Anjos
Mas a Igreja Católica Apostólica Romana Crê e reconhece também que Deus criou os Anjos e quis servir-se deles, porque a revelação divina na bíblia e na tradição fala dos anjos e da sua missão na vida de Jesus Cristo e de todos os homens: “Não são todos os Anjos espíritos ao serviço de Deus, que lhes confia missões para o bem daqueles que devem herdar a salvação?” (Hb 1,14).A igreja confessou no segundo Concílio do Vaticano, que ela sempre “venera os Santos com particular afeto, juntamente com a Bem-aventurada Virgem Maria e os Santos Anjos, e implorou o auxílio da sua intercessão.” (Vaticano II, sobre a Igreja – LG 50) “por meio da Liturgia da terra cantamos ao Senhor um hino de glória com toda a milícia do exército celestial”. (Vaticano II Constituição sobre a Sagrada Liturgia – SC 8). O Vaticano II também alerta aos homens sobre o combate com os Anjos caídos: “Um duro combate contra os poderes com” Um duro combate contra os poderes das trevas atravessa, com efeito, toda a história humana. Começou no princípio do mundo e, segundo a palavra do Senhor, (Mt24, 13; 13,24-30 e 36-43), durará até o ultimo dia. “Inserido nesta luta, o homem deve combater constantemente, se quer ser fiel ao bem”. (vaticano II, A Igreja no mundo atual – GS 37[1])
6.3 Os anjos e a arte
CIC 1192. As santas imagens, presentes em nossas igrejas e em nossas casas, destinam-se a despertar e a alimentar nossa fé no mistério de Cristo. Por meio do ícone de Cristo e de suas obras salvíficas, é a ele que adoramos. Mediante as santas imagens da santa mãe de Deus, dos anjos e dos santos, veneramos as pessoas nelas representadas[2].
CIC 2131.Foi fundamentando-se no mistério do Verbo encarnado que (sétimo Concílio ecumênico, em Nicéia (em 787), justificou, contra os iconoclastas, o culto dos ícones: os de Cristo, mas também os da Mãe de Deus, dos anjos e de todos os santos. Ao se encarnar, o Filho de Deus inaugurou uma nova "economia" das imagens[3].
CIC 2502. A arte sacra é verdadeira e bela quando corresponde, por sua forma, à sua vocação própria: evocar e glorificar, na fé e na adoração, o Mistério transcendente de Deus, beleza excelsa invisível de verdade e amor, revelada em Cristo, "resplendor de sua glória, expressão de seu Ser" (Hb 1,3), em quem "habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2,9), beleza espiritual refletida na Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, nos anjos santos. A arte sacra verdadeira leva o homem à adoração, à oração e ao amor de Deus Criador e Salvador, Santo e Santificador[4]
[1]http://catecismo-az.tripod.com/conteudo/a-z/a/anjo.html Fonte pagina 1 a 26 Catecismo dos Anjos.
[2] http://catecismo-az.tripod.com/conteudo/a-z/a/anjo.html
[3] http://catecismo-az.tripod.com/conteudo/a-z/a/anjo.html
[4] http://catecismo-az.tripod.com/conteudo/a-z/a/anjo.html
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