O termo apocalíptica judaica
parece ser parte da tradição do antigo testamento mesmo muito distinto dela. Entretanto
foi de grande ajuda para plasmar o mundo conceitual do 1° século cristão com
suas expectativas escatológicas. Sua grande importância é para um maior
entendimento das origens e evolução da fé cristã. Evidencia-se a partir da
década de 50 muitas tentativas de resgatar a apocalíptica visando compreender
melhor o judaísmo e o cristianismo. A disponibilidade de novos textos com boa
tradução inglesa nos coloca em melhores condições dentro do campo de pesquisa. Dentre
a literatura intertestamentária se destacam os manuscritos de Qumrã cujo
principal valor é a contribuição para entendermos a complexidade do judaísmo
florescente no começo da era cristã e a estreita afinidade entre essa
comunidade e outros grupos de apocalípticos de que provinham esses documentos. Notasse
nesse tipo de literatura o uso freqüente de alegorias e simbolismos para
transmitir a mensagem, geralmente escritos em ambientes judaicos entre 2.5000 a
c e 100 d c. Entre os apocalípticos da bíblia destacam-se Daniel e Apocalipse
por serem obras primas do gênero, porem não há critérios pelos quais possam ser
classificados com precisão. A investigação acadêmica voltou-se nos últimos anos
para a questão das origens da apocaliptica quanto as suas origens, sob quais
circunstâncias e sua relação com a tradição do velho testamento. Teologicamente
o termo apocalíptica é muito instável e muitas discussões ainda surgirão sobre
ele tanto em seu caráter literário (Apocalipse – gênero literário) quanto em
seu material escatológico (Apocalíptica-preocupação especial com a coisas
ultimas), (escatologia apocalíptica- perspectivas apocalípticas) e também na
exegese de seus textos.
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